Estrelas: formação, características, tipos
Estrelas são corpos formados
por uma estrutura gasosa que leva a reações de fusão nuclear, responsáveis pela
emissão de energia. O Sol é a estrela mais próxima da Terra.
"Estrelas são corpos
celestes formados por gases, como hélio e hidrogênio, e poeira, com a presença
de um núcleo denso no interior do qual acontecem as reações de fusão que
resultam na liberação de energia. As estrelas se formam nas nebulosas e podem
ter um tempo de vida de milhões a bilhões de anos, o que varia em conformidade
com a sua massa. É difícil estimar quantas estrelas existem hoje no nosso
Universo, mas alguns astrônomos indicam que o número ultrapassa os 20
dígitos."
"Tópicos deste artigo
1 - Resumo sobre estrelas
2 - Formação das estrelas
3 - Composição das estrelas
4 - Características das
estrelas
5 - Tipos de estrelas
6 - Vida e morte das estrelas
7 - Nome das estrelas
→ Lista das 10 estrelas mais
brilhantes
8 - Qual a quantidade de
estrelas no céu?
Resumo sobre estrelas
São corpos celestes esféricos compostos
por gases como hidrogênio e hélio. Em seu interior, está presente um núcleo no
qual ocorrem as reações de fusão nuclear, responsáveis pela energia e luz
emitidas por esses objetos.
Elas se formam no interior das
nebulosas a partir do colapso gravitacional dos nós globulares.
Seu estágio inicial é
denominado protoestrela.
Demoram milhões de anos para
atingirem o estado maduro, que representa a maior parte da vida delas. Nesse
estágio têm início as reações termonucleares.
Podem possuir ciclos de vida
muito longos, de bilhões de anos, ou curtos, de milhões de anos, o que depende
da sua massa.
As menores se tornam anãs
brancas após o encerramento desse ciclo. As massivas terminam como estrelas de
nêutrons ou buracos negros.
Sua classificação é feita de
acordo com o seu tamanho e coloração.
O nome oficial de cada uma é
aprovado pela União Astronômica Internacional (IAU)."
"Formação das estrelas
O processo de formação das
estrelas que compõem o nosso Universo tem início nas nuvens compostas por
poeira e gases chamadas de nebulosas. O interior das nebulosas consiste em um
ambiente de alta turbulência, causada pela movimentação dos gases e dos demais
materiais que as compõem, dando origem a nós globulares, que podem sofrer
colapso gravitacional, fase inicial da constituição de uma estrela. Desse modo,
várias dessas estruturas são formadas no interior das nebulosas, razão pela
qual estas são chamadas de berçários de estrelas.
Uma estrela no primeiro
estágio de seu processo de formação é chamada de protoestrela. A contração
gravitacional característica dessa fase inicial continua por milhões de anos, o
que promove um aumento de temperatura no núcleo das protoestrelas e atrai
gradativamente maior quantidade de gases e poeira para o seu entorno.
É somente depois de decorrido
um longo período que as reações de fusão nuclear passam a acontecer na região
central das estrelas, quando a temperatura dessa região já atingiu, pelo menos,
15 milhões de graus Celsius. A partir de então, o colapso gravitacional cessa e
há uma situação de equilíbrio, tendo início uma nova fase da vida delas. O Sol,
por exemplo, a única estrela que compõe o Sistema Solar, levou 50 milhões de
anos desde a sua fase de protoestrela até a fase madura.
Composição das estrelas
As estrelas são compostas
essencialmente por dois elementos gasosos, o hélio (He) e o hidrogênio (H). Na
área central delas, acontecem as reações termonucleares, em que os átomos de
hidrogênio sofrem fusão e dão origem aos átomos de hélio. Essa reação libera
uma grande quantidade de energia na forma de calor, sendo responsável também
pela emissão da luz característica das estrelas.
Características das
estrelas
As estrelas são corpos
celestes em formato esférico e compostos por um plasma constituído por gases e
poeira, notadamente hélio e hidrogênio, como vimos. Durante a fase madura de
sua vida, as estrelas se mantêm em uma condição de equilíbrio decorrente das
forças gravitacionais próprias a ela e da pressão exercida pelo núcleo graças
às reações de fusão que acontecem no interior dessa estrutura. Esse estado é chamado
de equilíbrio hidrostático.
O tamanho e a massa das
estrelas variam consideravelmente de acordo com fatores como a idade e a fase
em que elas se encontram. O segundo aspecto, que corresponde à massa das
estrelas, é importante ainda para a sua classificação em: pouco massivas,
intermediárias, massivas e supermassivas. Já a temperatura da superfície
estelar pode variar entre 2500 ºC, naquelas mais antigas, até quase 50.000 ºC,
nas que estão no início de sua fase madura.
A luminosidade emitida pelas estrelas
depende da sua idade e da quantidade de energia gerada no seu núcleo, que vai
diminuindo com o passar do tempo e o consumo do seu combustível, o hidrogênio.
O tamanho e a temperatura das estrelas são fatores que interferem no seu
brilho. O segundo aspecto também determina a coloração desses corpos celestes.
Estrelas mais quentes são aquelas mais brilhantes e de coloração branca ou
azulada, diferentemente das estrelas mais frias e antigas, que aparecem
avermelhadas.
A idade das estrelas varia de
alguns milhões até bilhões de anos. Estima-se que as mais antigas possuem
praticamente a mesma idade de nosso Universo, 13,8 bilhões de anos.
Tipos de estrelas
As estrelas são classificadas,
de acordo com a sua massa e coloração, em:
Anãs brancas: são derivadas do
processo de colapso de outras estrelas da sequência principal, consistindo no
seu estágio final. Apesar de emitir brilho, não existem reações de fusão
acontecendo no seu núcleo.
Anãs amarelas: apresentam
atividade em seu núcleo, no qual ocorrem as reações de fusão nuclear. Elas
fazem parte da sequência principal. Um exemplo é o Sol.
Anãs vermelhas: são as de
maior presença no Universo. Possuem massa pequena, brilho fraco e temperaturas
mais baixas que a do Sol.
Gigantes vermelhas: são
estrelas em estágio avançado de seu ciclo de vida, dispondo de um tamanho
maior, mas de massa reduzida, com menos brilho do que na fase anterior. Em
aproximadamente cinco bilhões de anos, o Sol se tornará uma gigante vermelha.
Gigantes e supergigantes
azuis: são muito massivas e brilhantes, apresentando temperaturas extremamente
elevadas, variando entre 10.000 K e 50.000 K, no caso das supergigantes. Estas
podem apresentar até 25 vezes a massa do Sol. Pela intensa atividade que ocorre
em seu núcleo, são também estrelas muito jovens e com curto ciclo de vida.
Interessante: Existem também
as estrelas de nêutrons, estruturas muito pequenas, com diâmetro aproximado de
20 km, massivas e extremamente densas, sendo compostas essencialmente por
nêutrons. Elas realizam movimento circular a altas velocidades, representando o
estágio final de muitas estrelas massivas.
Vida e morte das estrelas
As estrelas se formam, amadurecem e deixam de existir como a maioria dos corpos celestes do Universo. O ciclo de vida de uma estrela pode ter duração de milhões ou bilhões de anos. Uma característica que todas elas apresentam, no entanto, é o fato de a sua fase madura corresponder a cerca de 90% de todo esse ciclo.
A maneira como uma estrela
evolui até a sua morte varia de acordo com a massa, diretamente relacionada com
a presença de gás combustível em sua estrutura para a continuidade das reações
químicas do núcleo. Quando essas reações consistem na fusão do hidrogênio para
a composição do hélio, caracteriza-se esses astros como estrelas de sequência
principal. Nesse caso, o hidrogênio vai sendo consumido até se esgotar, fazendo
com que o núcleo colapse e a parte externa da estrela se expanda até que ela se
torne uma gigante vermelha.
A partir de então, as etapas
que seguem dependem diretamente da massa da estrela. Nas estrelas medianas e
pouco massivas, a atividade no núcleo continuará, porém dando origem a átomos
de carbono originários da fusão do hélio. Quando este chega ao fim, toda a
massa da estrela dá origem a uma nebulosa planetária. O núcleo, por sua vez,
origina uma anã branca.
No caso das estrelas massivas,
que apresentam pelo menos sete vezes a massa do Sol, ocorre a formação das
supergigantes vermelhas. Seu núcleo dá início a reações que resultam na
formação de elementos como o ferro, cuja produção demanda uma enorme quantidade
de energia. Em decorrência disso, a estrela retrai como reação da própria
gravidade e, logo em seguida, se expande de maneira violenta por meio de uma
explosão chamada de supernova.
A maior parte dos seus
materiais fica no espaço, mas cerca de 25% darão origem a uma estrela de
nêutrons ou a um buraco negro, o que depende da massa propriamente dita.
Originam buracos negros somente as estrelas supermassivas. Observe:
"Nome das estrelas
O nome oficial atribuído às
estrelas deve passar pela aprovação da União Astronômica Internacional (IAU, na
sigla em inglês), responsável pela sua catalogação com a finalidade de torná-lo
padrão para a comunicação e para os estudos desses objetos. A lista da IAU
apresenta 330 nomes oficiais de estrelas aprovados até então.
→ Lista das 10 estrelas
mais brilhantes
Para apresentarmos alguns
exemplos de nomes de estrelas, trazemos a lista das 10 estrelas conhecidas mais
brilhantes, de acordo com a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço
(Nasa):
Sirius;
Canopus;
Rigil Kentaurus;
Arcturus;
Vega;
Capella;
Rígel;
Procyon;
Achernar;
Betelgeuse.
Qual a quantidade de estrelas
no céu?
A determinação exata da
quantidade de estrelas existentes nos céus do nosso Universo é uma tarefa
extremamente difícil, quase impossível. Levando em consideração somente a
galáxia na qual nos inserimos, a Via Láctea, estima-se que haja entre 100 e 200
bilhões de estrelas. No total, a previsão do número de estrelas do Universo é
da ordem de 1024 ou um septilhão."
Fonte: Brasil Escola
Comentários
Postar um comentário