O que é um PULSAR

Os pulsares são estrelas excepcionalmente pequenas e muito densas. Tanto que 260 milhões deles poderiam caber no mesmo volume da Terra, e 1,3 milhões de Terras caberiam no mesmo volume de nosso Sol. Apesar de terem uma pequena fração do tamanho da Terra, os pulsares podem apresentar um campo gravitacional até 1 bilhão de vezes mais forte que o nosso. Os astrônomos acreditam que essas estrelas de nêutrons sejam remanescentes de estrelas que entraram em colapso ou de supernovas.

À medida que uma estrela moribunda perde energia, ela entra em colapso. A partir desse momento, toda a sua matéria é comprimida para seu próprio interior, tornando-se cada vez mais densa. Quanto mais a matéria da estrela se move em direção ao seu centro, ela gira cada vez mais rápido, da mesma forma que os praticantes de patinação artística giram mais rápido ao juntar seus braços. Isso explica a rotação incrivelmente rápida de certos pulsares.

Por que os pulsares "pulsam"?

Os pulsares, na realidade, não ligam e desligam. Eles emitem um fluxo de energia constante. Essa energia é concentrada em um fluxo de partículas eletromagnéticas que são ejetadas a partir dos pólos magnéticos da estrela à velocidade da luz. O eixo magnético da estrela de nêutrons forma um ângulo com o eixo de rotação, exatamente como o norte magnético e o norte verdadeiro da Terra são ligeiramente diferentes. 

À medida que a estrela gira, esse feixe de energia se espalha através do espaço, como o feixe de luz de um farol ou a luz de uma ambulância. Somente quando esse feixe incide diretamente sobre a Terra é que podemos efetuar a detecção do pulsar com os radiotelescópios. Mesmo que os pulsares emitam luz no espectro visível, eles são tão pequenos e estão tão distantes de nós que não é possível detectar essa luz. Somente os radiotelescópios podem detectar a forte energia de rádio em alta freqüência que eles emitem.


O que esperamos aprender por meio da busca e do estudo contínuos dos pulsares?

Como os pulsares são encontrados entre os restos de uma supernova que entrou em colapso, eles podem nos ajudar a entender o que ocorre quando as estrelas entram em colapso. Eles também podem nos fornecer uma percepção sobre o nascimento e a evolução do universo. Além disso, há muitas formas pelas quais o comportamento dos pulsares pode variar ao longo do tempo. Primeiro, porque o período de cada pulsar não é exatamente constante. 

A fonte da radiação eletromagnética que podemos detectar é a energia rotacional da estrela de nêutrons. À medida que o pulsar emite essa radiação, ele perde um pouco de sua energia rotacional e fica mais lento. Por meio da medição de seus períodos de rotação, mês após mês e ano após ano, podemos deduzir exatamente o quanto eles ficaram mais lentos, quanta energia foi perdida no processo e o quanto eles ainda viverão até que seu giro fique tão lento que não serão mais capazes de brilhar.

Podemos também observar que cada pulsar é único em seu modo de ser. Alguns deles são excepcionalmente brilhantes, alguns apresentam tremores equivalentes aos nossos terremotos que momentaneamente aumentam seu giro, outros têm como companheiras estrelas em órbitas binárias e algumas dúzias deles giram de forma extraordinariamente rápida, até mil vezes por segundo. Cada nova descoberta fornece dados novos e únicos, que podem ser utilizados pelos cientistas para entender o universo.
Fonte: SEED

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