Alma descobre o "Choro" do Nascimento de Uma "Estrela Bebé" na PEQUENA NUVEM de MAGALHÃES

 Esquerda: Imagem de campo largo da Pequena Nuvem de Magalhães no infravermelho distante, obtida com o Observatório Espacial Herschel. Direita: Iimagem do fluxo molecular da estrela bebé Y246. As cores ciano e vermelho mostram o gás com desvio para o azul e desvio para o vermelho da emissão de monóxido de carbono. A cruz indica a posição da estrela bebé. Crédito: Onishi et al., 2022, Universidade Metropolitana de Osaka 

Os elementos pesados, na matéria interestelar, têm um impacto significativo no mecanismo de formação estelar. No Universo primitivo, a abundância de elementos pesados era menor do que no Universo atual, porque ainda não tinha havido tempo suficiente para a nucleossíntese produzir elementos pesados nas estrelas. O modo como a formação estelar, em tal ambiente, difere da formação estelar atual, não tem sido bem compreendida.

Uma equipa internacional liderada pelo professor Toshikazu Onishi, da Universidade Metropolitana de Osaka, e pelo professor assistente Kazuki Tokuda, da Universidade de Kyushi/NAOJ, usou o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) para observar objetos estelares jovens de alta massa na Pequena Nuvem de Magalhães.

A Pequena Nuvem de Magalhães é caracterizada por uma baixa abundância de elementos mais pesados do que o hélio, semelhante às galáxias de há 10 mil milhões de anos. O alvo proporciona uma visão observacional detalhada graças à distância relativamente próxima da Terra. Neste estudo, os investigadores detetaram um fluxo de gás bipolar a sair da "estrela bebé" Y246 e determinaram que o fluxo molecular tem uma velocidade superior a 54.000 km/h em ambas as direções.

No Universo atual, pensa-se que as "estrelas bebé" em crescimento têm o seu movimento de rotação suprimido por este fluxo molecular durante a contração gravitacional, acelerando o crescimento da estrela. A descoberta do mesmo fenómeno na Pequena Nuvem de Magalhães sugere que este processo de formação estelar tem sido comum ao longo dos últimos 10 mil milhões de anos. A equipa espera também que esta descoberta traga novas perspetivas ao estudo das estrelas e da formação planetária.

Fonte: Astronomia OnLine

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