Galáxias ativas
Quando você observa uma
galáxia normal, a maior parte da luz vem das estrelas em comprimentos de ondas
visíveis e se distribui uniformemente por toda a galáxia. Mas, quando
observamos determinadas galáxias, vemos luz intensa oriunda de seus núcleos. E,
caso elas sejam observadas nos comprimentos de onda de raios X, ultravioleta,
infravermelho e de rádio, parecem estar emitindo quantidades imensas de
energia, aparentemente oriunda do núcleo. Trata-se das galáxias ativas, que
representam uma porcentagem muito pequena do total de galáxias. Existem quatro
classificações de galáxias ativas, mas o tipo que observamos pode depender mais
de nosso ângulo de visão do que de diferenças estruturais reais.
Galáxias Seyfert -
Radiogaláxias - Quasares - Blazares
Para explicar as galáxias
ativas, os cientistas precisam explicar como elas emitem tamanhas quantidades
de energia de áreas tão pequenas quanto os núcleos galácticos. A hipótese mais
aceita é a de que, no centro de cada uma dessas galáxias, existe um buraco negro
massivo ou supermassivo. Em torno do buraco negro fica um disco de acreção,
formado por gás em movimento de rotação rápido, por sua vez cercado por um toro
(um disco de gás e poeira em forma de rosquinha). À medida que o material cai
para a área que cerca o buraco negro (o horizonte de eventos), sua temperatura
sobe a milhões de kelvins e os gases se aceleram em forma de jatos lançados
para fora.
Galáxias Seyfert
- Descobertas por Carl Seyfert em 1943, essas galáxias (que respondem por 2%
das galáxias em espiral) têm espectros largos, o que aponta para núcleos de
gases ionizados de alta temperatura e baixa densidade. Os núcleos dessas
galáxias mudam de brilho a intervalos de algumas semanas, de modo que sabemos
que os objetos em seus centros devem ser relativamente pequenos (do tamanho
aproximado de um sistema solar). Usando o desvio Doppler, astrônomos
constataram que as velocidades no centro de galáxias Seyfert são cerca de 30
vezes superiores às de galáxias normais.
Radiogaláxias - As
radiogaláxias (0,01% das galáxias existentes se enquadram a essa
definição) são elípticas. Seus núcleos emitem jatos de gás em alta velocidade
(perto da velocidade da luz), para cima e para baixo da galáxia. Os jatos
interagem com campos magnéticos e emitem sinais de rádio.
Quasares
(objetos quase estelares) - Os quasares foram descobertos no começo dos anos
1960. Cerca de 13 mil foram identificados, mas o número total pode chegar a 100
mil. Ficam a bilhões de anos-luz da Via Láctea e são os objetos de mais alto
teor de energia no universo. O brilho extremo dos quasares pode flutuar em
intervalos diários, o que indica que sua energia vem de uma área muito pequena.
Milhares de quasares foram localizados e se acredita que emanem dos núcleos de
galáxias distantes.
Blazares - Blazares
são um tipo de galáxia ativa e cerca de mil deles foram catalogados. De nosso
ponto de vista, estamos olhando "de frente" para o jato que emana da
galáxia. Como os quasares, seu brilho pode flutuar rapidamente - às vezes em
menos de um dia.
Fonte: Ciencia Viva
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